domingo, 20 de junho de 2010

Devaneios (parte III)

Dia estranho, talvez não por acordar às 19:00, mas por perceber que nada foi verdadeiro.
Era tudo uma música. Uma bela canção de alguém perturbado. Uma bela canção...
Pessoas dificilmente são verdadeiras. E todas têm suas razões.
Pessoas verdadeiras sofrem demais, sofrem verdadeiramente.
É mais fácil pegar uma bela canção, ele pensou.
Foi mais fácil pensar que ele escreveu aquilo. Ele escreveu aquilo.
Foi mais difícil se decepcionar, de novo. E de novo. E de novo.
Pessoas verdadeiras sofrem demais.
Era tudo uma bela canção.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pontos sem nó

Depois de inúmeras conversas, choros, e meias-verdades escutadas, hoje parei para juntar todos os pequenos pedaços da história que se deu fim há mais de 2 meses.
Nesta história aconteceram muitas coisas, muitas falsidades, brigas, desejos escondidos por parte de outrem. Vivi coisas que não se vê nem na televisão.
E, de repente, me encontrei sozinha, sem amigos - justamente porque a pessoa que era mais próxima de mim me afastou de todos eles -, e totalmente confusa, perdida em meus sentimentos, não sabia se deveria amar ou odiar.
Voltei a falar com a minha mãe hoje por alguma razão desconhecida. Isso me tirou um peso das costas e me esclareceu alguns pontos que não tinham nó.
Enxerguei que a pessoa mais próxima de ti pode te apunhalar pelas costas da maneira mais grotesca do mundo e fingir que não fez nada, que está tudo bem, querer fazer você esquecer o que te fez, como se não fosse nada e fingir que é a melhor pessoa do mundo, ou, pior, enxergar o que fez, mentir para todos - inclusive para si mesmo - e ainda acreditar cegamente que foi a melhor pessoa do mundo.
Obtive uma grande ajuda por parte de uma pessoa que conheço faz pouco tempo, mas que sinto que posso confiar cegamente. Fiquei em dúvida por um tempo se era o certo para mim abandonar todas as ruínas em que eu ainda tentava construir um castelo e apostar totalmente nela. A pessoa que me tirou desse buraco em que estava. Faz um pouco mais de dois meses que ela tem tentado me ajudar e sinto que ela conseguiu totalmente.
E, hoje, eu descobri que tudo o que fiz não foi por medo. Foi por amor. O sentimento mais confuso de todos. Fiz guiada pela razão, pela sabedoria. E acertei.

Michel, te amo.

domingo, 13 de junho de 2010

Devaneios (parte II)

As pessoas trocam as outras como se fossem descartáveis e, quando percebem que não são, tentam obtê-las de volta.
E, a menos que a outra pessoa esteja disposta a engolir o amor próprio e viver num mundo de mentiras, as pessoas que descartam acabam sozinhas e se sentindo culpadas. As que não se sentem culpadas são tão vazias quanto as que nunca amaram de verdade.
Embora elas achem que amaram de verdade, que fizeram de tudo. Todos sabemos que não fizeram, não amaram, pois, se tivessem amado, se tivessem se entregado totalmente, não teriam trocado a outra pessoa, que estava ali para apoiá-las em tudo, por nada no mundo.

~http://twitter.com/naylabennington

Devaneios (parte I)

E, talvez, nada seja o que é realmente. Ou talvez seja, mas ninguém vê isso.
Esses devaneios de madrugada ainda irão de me matar. Ainda estou decepcionada com certas coisas que aconteceram na minha vida ultimamente...
E o que se há de fazer? Fingir que nada aconteceu e seguir em frente? Eu não sou assim.
Mas parece que preciso ser, pra viver um pouco em paz. Mas minha mente não me deixa em paz, minha alma não descansa.
Mas eu posso fingir que está tudo bem, eu posso fugir de tudo o que há dentro de mim, eu posso...mas não quero.

~http://twitter.com/naylabennington